E quando eu penso que escapei, porque tenho sempre que te encontrar ao virar da esquina? Por mais voltas que dê, vejo que não há como fugir da maldita armadilha que me aprisiona dentro destas quatro paredes sem uma saída, onde eles ecoam em círculos indefinidos.
Os meus passos fazem-se ouvir sempre que piso as pedras frias da calçada. Resta apenas uma música, cuja melodia se vai desvanecendo, fazendo-se perder no espaço.
Talvez seja egoísmo da minha parte, ou pura cegueira. Mas aquilo que quero não está aqui. Ou talvez esteja... escondido na névoa do meu consciente.
Mais uma vez, ergo a minha cabeça e sorrio, porque espero que esta miséria seja infinita enquanto dure.
