Sentado num rochedo desconfortável, húmido, coberto de musgo, corto as correntes que aprisionam tudo o que faz de mim humano e agarro-o debilmente contra o meu peito por uns instantes, acabando por o entregar ao Universo.
Esboço um sorriso de orelha a orelha enquanto o Sol se deita no horizonte, iluminando a Natureza num tom alaranjado. A minha alma despida voa livremente pelo mundo, tocando ao de leve o céu estrelado. E cá em baixo, vê-se o meu corpo dormente, derrubado por um turbilhão de sensações escondidas num passado esquecido.
Abro os olhos ao sentir o salpicar das gotas salgadas de uma onda que embate ferozmente contra o meu porto de abrigo.
Os meus olhos espelham toda a vivacidade incandescente da minha existência, presa no interior de um labirinto onde tudo se encontra num mesmo plano, alheio de divergências. Onde tudo coexiste num equilíbrio harmoniosamente perfeito.
Acordo, aconchegado pela minha consciência. Sinto cada grão de areia tocar nos meus pés descalços. Tento alcançar o inalcançável e abraço o vento gentilmente.
A água fria conforta-me. A lua cumprimenta-me, lá bem alto no pico do mundo.
Agarro-me à vida com todas as minhas forças. O meu suspiro carrega em si o peso de tudo o que nunca foi dito. A minha insignificante e invisível presença acomoda-se, sente-se aceite e sabe que de certo modo, é aqui que ela pertence.
Entrego-me de corpo e alma a isto.
Porque estou em casa.
Esboço um sorriso de orelha a orelha enquanto o Sol se deita no horizonte, iluminando a Natureza num tom alaranjado. A minha alma despida voa livremente pelo mundo, tocando ao de leve o céu estrelado. E cá em baixo, vê-se o meu corpo dormente, derrubado por um turbilhão de sensações escondidas num passado esquecido.
Abro os olhos ao sentir o salpicar das gotas salgadas de uma onda que embate ferozmente contra o meu porto de abrigo.
Os meus olhos espelham toda a vivacidade incandescente da minha existência, presa no interior de um labirinto onde tudo se encontra num mesmo plano, alheio de divergências. Onde tudo coexiste num equilíbrio harmoniosamente perfeito.
Acordo, aconchegado pela minha consciência. Sinto cada grão de areia tocar nos meus pés descalços. Tento alcançar o inalcançável e abraço o vento gentilmente.
A água fria conforta-me. A lua cumprimenta-me, lá bem alto no pico do mundo.
Agarro-me à vida com todas as minhas forças. O meu suspiro carrega em si o peso de tudo o que nunca foi dito. A minha insignificante e invisível presença acomoda-se, sente-se aceite e sabe que de certo modo, é aqui que ela pertence.
Entrego-me de corpo e alma a isto.
Porque estou em casa.
