Tudo começa com o primeiro fôlego.
Uma doce menina, embalada nos braços de outrem, dorme sob a hipnose de uma canção. Essa menina vive num mundo colorido repleto de fantasia, protegida dos monstros famintos.
Com os seus grandes olhos castanhos, mira os outros e duvida, dentro da sua bolha de perfeição, cobiçando o mundo em toda a sua estranheza.
E enquanto esta criança crescia, a sua curiosidade aumentava, alimentando-se de todos os seus sonhos e esperanças. Determinada, decidiu dar os seus primeiros passos em direcção ao desconhecido; liberta-se dos braços que a aconchegavam dia e noite e a mantinham segura.
Por entre passos desajeitados, a menina continuou. Prestes a sair da sua zona de conforto, ousou ameaçar expor toda a inocência daquele olhar ao exterior. E sem pensar duas vezes, atirou-se de cabeça ao inevitável. Agora com uns olhos mais claros ela vê na escuridão... um paradoxo da sua mente fragilizada, onde não existem contos de fadas nem canções de embalar.
Pela sua imprudência, viu cair tudo a seus pés enquanto procurava montar as peças do seu universo imaginário. Novas esperanças nascem das cinzas de outras, novas ambições levantam-se, deixando-se ficar para trás um sonho intocável, inacabado.
Uma doce menina, embalada pela serenidade de um mundo apenas por ela vivido, mantém uma postura calma e imóvel à medida em que diz adeus à sua inocência. Agora, resta-lhe viver a realidade que tanto ansiou alcançar.
Uma doce menina, embalada nos braços de outrem, dorme sob a hipnose de uma canção. Essa menina vive num mundo colorido repleto de fantasia, protegida dos monstros famintos.
Com os seus grandes olhos castanhos, mira os outros e duvida, dentro da sua bolha de perfeição, cobiçando o mundo em toda a sua estranheza.
E enquanto esta criança crescia, a sua curiosidade aumentava, alimentando-se de todos os seus sonhos e esperanças. Determinada, decidiu dar os seus primeiros passos em direcção ao desconhecido; liberta-se dos braços que a aconchegavam dia e noite e a mantinham segura.
Por entre passos desajeitados, a menina continuou. Prestes a sair da sua zona de conforto, ousou ameaçar expor toda a inocência daquele olhar ao exterior. E sem pensar duas vezes, atirou-se de cabeça ao inevitável. Agora com uns olhos mais claros ela vê na escuridão... um paradoxo da sua mente fragilizada, onde não existem contos de fadas nem canções de embalar.
Pela sua imprudência, viu cair tudo a seus pés enquanto procurava montar as peças do seu universo imaginário. Novas esperanças nascem das cinzas de outras, novas ambições levantam-se, deixando-se ficar para trás um sonho intocável, inacabado.
Uma doce menina, embalada pela serenidade de um mundo apenas por ela vivido, mantém uma postura calma e imóvel à medida em que diz adeus à sua inocência. Agora, resta-lhe viver a realidade que tanto ansiou alcançar.

O título está bastante parecido com o título de um texto meu :P
ResponderEliminarO texto está muito bom, como sempre :)
E revela a pureza cobiçada por muitos, perdidos neste nosso mundo. Pura e inocente, genuína..a menina embalada no sonho do outro lado do espelho.
A este texto daria o título de "Caixa de Pandora", mas obviamente que compreendo o título que lhe deste.
Mais uma vez, gostei bastante :)
Obrigado :)
ResponderEliminarhm... sinceramente, nao gosto de "Caixa de Pandora" LOL
acho que nao tem muito a ver com este texto.
Adoro este :)
ResponderEliminarEstá lindo :)
ResponderEliminarEstá realmente muito bom Hugo.
É fascinante a forma como retrata a perda da inocência por um 'nada' que se tornou 'tudo'... que se tornou na realidade da menina que quis ver na escuridão. Inocência essa que passamos a ambicionar pelo resto da nossa vida..
Parabéns :)
Acho esse texto ótimo.
ResponderEliminarAcho que essa menina sou eu,minha mãe,pai enfim todas as pessoas que perdem sua ``inocência´´ vivida quando criança,pois quando crescem tem que enfrentar todos os problemas da vida,mais ao crescer sempre querem ganhar sua``inocência´´ de novo porem e algo praticamente impossível ,então no final só resta a saudade do que um dia já foram.