Caminha, coberto de gelo. Não me soltes do teu pulso e guia-me por um inverno interminável, entre o conforto do leito de neve e o reflexo na superfície gelada que tocas.
Morde-me os ossos num desdém cuidadoso, faz minha a tua dor, mas não desvies o olhar, pois tornar-me-ei pó.
Amo-te, mas pertenço ao inverno que assobia o meu nome no vento frio da madrugada.
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