Sou uma ruína que em tempos sonhou ser livre dos seus próprios escombros. Um sol sem poente descrito num livro sem tinta, deixado ao acaso para que a chuva o destoe nas águas de abril. Sou um pequeno pássaro cujo ninho feito de lama, pedras e paus que pelo caminho encontrei me aconchega desconfortavelmente. Sou uma pauta composta por instrumentos cuja desarmonia ecoa em ritmos intermináveis nas paredes ocas do meu sentir indulgente.
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