terça-feira, 28 de julho de 2015

Sede

Sonhos. Onde apenas no desabrochar da irrealidade nos podemos encontrar, das cores vívidas do outono ao calor do verão. Onde evitaremos a saudade que naufraga em ecos que nos atingem como chuva na pele erodida. Será a saudade filha de uma ilusão distorcida aos nossos olhos? Andamos mil passos à nossa frente, mas nada disto to direi. Até ao dia em que os meus pulmões transbordem a água desta chuva.
E nesta ânsia me afogo, crendo não haver fim para tal fome. Sinto o estômago vazio e a garganta arranhada, com sede de ti. De corpo e alma satisfeitos, voltamos à estaca zero. Apenas para cairmos mais uma vez no odor da natureza que impregna os nossos sentidos.

Enquanto aqui me encontrar, resguardo-me nesta terra que não o é, aguardando impacientemente pela morte da saudade que teima em regressar. Das águas que hibernam pela primavera, ao sussurro dos ventos invernais. Então saberemos... comecemos de novo.

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