quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Viagens

O meu esqueleto vagueia com um coração artificial, contorcendo-se, quebrando osso a osso, na casa construída sobre as minhas ruínas. Da janela sorri uma silhueta que não reconheço, banhada numa fragrância que me incomoda.
Uma parede desfigurada pelas garras de momentos ilusórios. Pilares consumidos pelas chamas que já nada teriam para destruir.
Afinal, tudo é se não ruínas. Fruto do meu verdadeiro coração, caído algures, talvez noutro continente da minha imensidão.

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